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Brasil: Carnificina também é o seu nome

Posted by Dimitri Brandi On 1 comentários

A revista Carta Capital publicou, em sua edição 445, de 23/05/2007, uma reportagem intitulada "Verdade que Fere", a respeito de um livro escrito por um soldado brasileiro que foi enviado ao Haiti para integrar as forças de paz da ONU.

Na hora me interessei pela matéria, porque temos uma música intitulada "Carnage is My Name" (para ouvir visite o MySpace da banda) que aborda exatamente a questão das forças de paz da Onu, que acabam servindo como instrumentos de carnificina, por ação, tal como ocorreu na Somália e na Iugoslávia, ou omissão, como em Ruanda e no Sudão.

O surpreendente do texto, mais do que o relato do soldado, é descobrir que o exército Brasileiro foi usado para uma "operação de paz" que só trouxe sofrimento à população do país. A impressão que sempre tive, e que foi reforçada ao ler o depoimento, é que esses conflitos são complexos, e quando a ONU intervém isso nunca ocorre de forma neutra, sempre é necessário ajudar um dos lados, que nem sempre está certo.

No caso do Haiti, várias milícias criminosas derrubaram o presidente Jean Aristide, adversário histórico dos Estados Unidos. A operação da ONU não foi para devolver o cargo ao presidente eleito, mas para garantir que o Haiti continuaria a ser um país apoiador dos americanos.

Só que para isso foram usados exércitos de vários países do mundo, alguns acostumados a guerras brutais que beiram o genocídio, como os Jordanianos, já calejados por vários conflitos no Oriente Médio.

O resultado é que o exército brasileiro ajudou a promover uma carnificina de haitianos. É algo tão violento que muitos soldados não suportaram. O general comandante brasileiro se suicidou, sem motivos revelados oficialmente. O próprio soldado que conta a história na reportagem desenvolveu síndrome do pânico e outros transtornos psíquicos.

Sintam o drama das coisas que ele presenciou (parece letra de banda splatter): "corpos decapitados, mutilados e calcinados, adultos e crianças a serem devorados por porcos e ratazanas, enquanto pessoas esperam o ônibus ou passam pela calçada a seu lado".

Para quem se interessar, transcrevo abaixo a letra da "Carnage is My Name", bem apropriada para o que o Brasil e a ONU estão fazendo no Haiti. Tenho a preocupação de escrever letras sobre temas importantes da realidade, mas essa me surpreendeu por estar mais pŕoxima do nosso país do que eu imaginava.

Carnage is my name

Come to hear a story ever told: the same pain, different blood. Peace forces bring genocide, by the excuse of pacify. Carnage is my name, I hope you feel the same Meet my war within, you´ll be insane.

The anger in my veins is turning dark and cold. Promised liberty has taste of blood.

Countless bodies on the ground, All survivors crossed the bounds. Shots are anthems without escape. Democracy is covering graves. Carnage is my name and I hope you feel the same Meet the war within that is insane

Memories of war are harder you think. Memory of death is hard to release. My own carnage signed with blood. Only my carnage lets you know my name.

Carnage are their names, I know you think the same. The anger in my veins is turning dark and cold. It´s an old board game the purpose is insane. They play with wrong and right, they win but never fight. When the UN’s Secretary will give my check, he´ll write his name, he´ll sign Carnage.

1 comentários:

Anônimo disse...

necessario verificar:)