Fotos por Leandro Cherutti e Juliana Lorencini
Quem
deu as honras de abrir os portões do inferno e mandar o primeiro som da
noite, foi à banda de Guarulhos Psychotic Eyes, com a excelente faixa
“Throwing into Chaos” dando o sinal que a noite seria promissora, a
segunda canção foi a brutal “ Welcome Fatality” reproduzida em plena perfeição, a lenta “Life” trouxe
a calmaria ao show, com músicos talentosos a banda fez uma releitura de
um clássico da MPB “Geni e Zepelim” de Chico Buarque, descaracterizando
totalmente a canção, mas mantendo a mesma letra,ficou algo
surpreendente e inovador, todas as faixas anteriores podem ser
encontradas no último cd da banda intitulado “I Only Smile Behind the Mask” para
finalizar mandaram “Celebrate the Blood”, o tempo foi curto, mas a
banda mostrou que o metal nacional esta mais do que nunca crescendo em
nosso país.
Diretamente
de Jundiaí para o palco do Carioca Club, a banda Machinage foi a
segunda a se apresentar, formada por Fabio Delibo (Vocal e Guitarra),
Renato Lorenccini (guitarra), Adriano Bauer (Baixo) e Ricardo Mingote
(Bateria) o quarteto trouxe um belíssimo Thrash Metal, iniciando com a
ótima, “Next Victim” a próxima foi a dona de um riff perfeito “Envy”, na
pista o que se ouvia era elogios sobre a banda, isto demonstra o quanto
é importante termos bandas de abertura, pois existe a grande chance de
descobrimos ótimas bandas que ainda não ouvimos, Fábio e sua trupe
presentearam a galera com “Mask Behind Some Lies” ,“ Anguish” esta por
sua vez me fez lembrar da grande banda alemã Sodom com seu riff inicial e
ao mesmo tempo um pouco de Metallica em outras passagens, a veloz “Is
This The Way” colocou mais gás em todos que estavam na pista, “Cold 3rd War” antecedeu
“Tides of War” que foi a saideira, quem nunca viu a banda ao vivo, não
pense muito na próxima chance, a banda esta embarcando para os Estados
Unidos, aonde irá fazer algumas apresentações.
Aproximadamente
às 20 horas foi anunciado que o novo vídeoclip do Torture Squad faria
sua estréia, e assim sendo “Holiday in Abu Gharaib” só colocou mais
ansiedade nos fãs sedentos pela música avassaladora da banda, dois
minutos se passaram após a execução do vídeo e agora sim, a galera teria
ao vivo e a cores um dos maiores nomes do Death/Thrash brasileiro,
Torture Squad, abriu sua apresentação com a fortíssima “Generation Dead”
e ”Raise Yours Horns” ambas as canções do cd Aequilibium, neste momento
Vitor Rodrigues (vocal) diz ser um satisfação estar tocando em casa e
agradece a todos pela presença.
Em
seguida anuncia a veloz “Living for the kill” um clássico de 2007 do cd
Hellbound que colocou agressividade ao espetáculo, fazendo com que o
público abrisse enormes Mosh, chegou a vez de mais uma nova “Holiday in
Abu Gharaib” mas desta vez nada de telões, a faixa relata os maus tratos
que ocorrem em uma conhecida e
horripilante prisão iraquiana, dando proseguimento, a platéia pediu e a
banda atendeu prontamente, do realese Pandemonium veio “Horror and
Torture” o som foi muito
ovacionado e seu refrão cantado por todos, em destaque o guitarrista
André Evaristo que executou o solo com perfeição conduzindo o seu
instrumento com perfeição, com um riff cortante “Mad Illusion” puxou em
seu vácuo “Storms” e “Abduction Was The Case”, Castor (Baixo), músico
talentoso colocou mais grave e peso na cozinha, preparando o terreno
para um dos pontos altos do show, na conhecidíssima “Pandemonium” Vitor
por sua vez sinalizou aos fãs que fizessem uma roda, nada tão difícil de
conseguir de uma platéia tão agitada.
“Black
Sun”, “The Spirit never Dies” e “Chaos Corporation” deram continuidade
ao evento, “Convulsion” foi a penúltima faixa a ser tocada, sem pausa
para respirar, Vitor apresenta na bataria Amilcar Christófaro, um homem
que dispensa apresentações,sem duvidas um dos melhores baterista do
Brasil,e ele da inicio a um dos maiores clássicos da banda “The Unholy
Spell”, finalizando com chave de ouro à apresentação.
Os
veteranos do Korzus adentraram com “Guilt Silence” um ícone do Thrash
brasileiro de 2004, com um vocal único e matador Pompeu (vocal), impõe o
ritmo do show, à faixa titulo e homônima do álbum Discliple of Hate foi
a próxima a ser executada, neste momento Pompeu conversa com todos e do
novo trabalho tivemos “Truth” música que contém um riff matador, sem
conversa alguma o quarto som a ser tocado foi “Respect”, Pompeu convoca
os fãs participar mais intensamente da música e no palco os músicos
agitam bangueando insanamente.
Dick
o messias do baixo com personalidade toca o instrumento de trabalho
como ninguém, sua presença no palco é inconfundível e faz toda a
diferença, Pompeu e seu vocal imponente tomaram as rédeas e comandou os
fãs ao caos, ao anunciar a próxima, pede a galera que mostre o poder da
voz de São Paulo, e ao contar até três que gritassem bem alto, o
vocalista não satisfeito comenta “Que esta é a minha cidade e os
headbanger de São Paulo estão de parabéns, e para aqueles que diziam que
ninguém iria ver banda nacional porque o ingresso dos gringos estavam
mais baratos aqui estamos nós no palco do carioca Club”, ele ainda
elogia a todos aqueles que prestigiaram este show nacional, dizendo esta
é nova revolução. Vale ressaltar que o comentário é feito vendo que a
casa estava cheia. “Revolution”
chegou para destruir o ambiente emendada com a sua antecessora “Raise
Your Soul” que chegou colocando mais gás no ensandecido público, do
“Ties of Blood” tivemos na sétima colocação “Scream For Death”.
Às 22h27, “What Are You Looking For” e “Eternally”, totalmente cantada em português tivemos
“Correria”, Pompeu estabelece uma conversa com os fãs e resolve fazer
uma brincadeira, subdividindo o público ao meio, criando um gigante
corredor polonês, formando duas linhas de frente e ao sinal esperado se
enfrentassem, “Wall of Death” e uma enorme roda iniciou-se, uma das
maiores que já vi em shows, um belo espetáculo para presenciar e
participar.
Antes
de anunciar uma faixa do cd Mass Illusion, o vocalista convoca ao palco
um ex-membro da banda, nada mais nada menos que Silvio Golfetti, que
deixou a banda após sofrer uma fratura exposta no braço esquerdo, após
um acidente, a veterana “The World Is a Stage” veio seguida de “Sadness”
que trouxe outro ex-Korzus ao palco, o guitarrista Soldado. Com 25 anos
de história, a banda esbanjou vitalidade, com certeza mostrou-se como a
escolhaa ideal para ser a banda de abertura do show do Slayer que
acomtece na próxima semana na cidade de São Paulo.
Em
uma noite que tudo deu certo, aparelhagem em ordem, músicos inspirados e
público animado, a cidade de São Paulo escreveu mais um belo capítulo
em sua história do Heavy Metal. Agradecimento e parabéns a produção do
evento pela organização e atendimento dispendido a imprensa.
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