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Nota 9 no ProgCast para "I Only Smile Behind the Mask"

Posted by Dimitri Brandi On 0 comentários

Por Rodrigo Carvalho
Nota 9,0

Depois de mais de 11 anos procurando seu espaço no underground extremo brasileiro, o Psychotic Eyes chega ao seu segundo álbum “I Only Smile Behind The Mask”, 4 depois do debut auto-intitulado, dando continuidade ao Technical Death Metal vigoroso, dinâmico e com toques melódicos e progressivos na sua estrutura.

De acordo com a banda, nesse novo disco eles lidam com as desgraças da vida, a morte, a separação, decisões, temas mais subjetivos, mostrando possivelmente uma das melhores coleções líricas em um álbum do estilo. Gravado em estúdios em Campinas e Guarulhos, o trabalho foi mixado e masterizado pelo guitarrista Jean François Dagenais, da lenda canadense Kataklysm e encontra-se disponível para download no site oficial da banda.



“Throwing Into Chaos” tem, definitivamente, um dos melhores riffs para se abrir um álbum do estilo: rápido, técnico, melódico e agressivo ao mesmo tempo, uma fórmula aplicada de forma admirável. A complexidade instrumental em nenhum momento soa forçada ou exibicionista, muito pelo contrário, aliás, funciona bem equilibrada com os ótimos vocais de Dimitri Brand e com a letra. “Welcome Fatality”, em seguida beira facilmente o Thrash Metal (sopros de Kreator ou é só impressão?), graças aos riffs ótimos para deslocar algumas vértebras, também presentes em “Dying Grief”, mais cadenciada e melódica, mas ainda dentro da proposta e da identidade que a banda já criou. Aliás, “Life” é mais uma prova do dinamismo do Psychotic Eyes, com passagens que caminham facilmente entre as harmonias do MeloDeath e a atmosfera mórbida do Doom Metal.

A faixa título, em moldes um pouco mais clássico estampa de vez na cara do ouvinte (que a essa altura ou está completamente hipnotizado pelo som ou já deslocou o pescoço) a influência mais do que óbvio do Death de Chuck Schuldiner. Em alguns momentos chega a soar incomodamente parecido, o que de forma alguma é um ponto negativo, afinal de contas, estamos falando dos pais de toda uma vertente, certo? Evidentemente que sim, e “The Humachine” transporta diretamente para o final da década de 80 / começo da de 90, o estilo ainda em formação e andando de mãos dadas com outros estilos mais extremos da época. “The Girl” encerra o álbum, uma versão mais soturna dos primeiros embriões do MeloDeath, deixando uma sensação esquisita, de tão carregada que o clima não apenas dessa faixa, mas do disco no geral.

Definitivamente um dos melhores álbuns do estilo lançados por uma banda nacional nos últimos tempos, o Psychotic Eyes ainda não tem nem uma porcentagem do reconhecimento merecido. Todo esse tempo na dura batalha do underground parecem ser uma injeção de ânimo e vontade para sempre seguir em frente e cada vez entregar mais músicas de qualidade. Admirável, aliás, como a banda consegue explorar os mais diversos estilos dentro de estilos e criar a sua identidade musical única, dando um passo a frente de muitas bandas que estão apostando no lado mais técnico do Death Metal (no Brasil temos presenciado várias surgindo) e um passo mais perto de sorrir sem ser apenas atrás da máscara (perdoem esse último trocadilho).

Fonte: http://progcast.com.br/terminus/psychotic-eyes-i-only-smile-behind-the-mask/

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